Ele se encantava cada vez mais por ela, mas tentava não demonstrar. No entanto, ela percebia e sentia-se culpada por achar que estava o iludindo porque ela acreditava que jamais teria coragem de ficar com o amigo. Eles se conheciam há alguns anos e tinha medo de estragar a amizade.
Por mais que a garota não conseguisse admitir, já não conseguia ficar por muito tempo longe do amigo. Em uma tarde ao ligar insistentemente para o garoto começou a chama-lo de todos os palavrões que conhecia; então percebe que os sentimentos mudaram não só com ele, mas com ela também. Diante de tal descoberta começou a chorar sem nem mesmo saber a razão, trancada em seu quarto chorou desesperadamente como uma criança. Talvez chorasse por ter medo que ele ao vê-la também encantada a abandonasse e a deixasse sofrendo mais uma vez.
Por algum tempo ficaram sem se encontrar. A menina queria pensar sobre esse novo sentimento que a estava atormentando.
Em uma noite estava ela caminhando vagarosamente e distraída pensando nele e de repente ver um par de pernas que achava conhecer, levanta a cabeça lentamente para olhar o rosto da pessoa. Ao ver quem era abre um enorme e belo sorriso, então, corre ao encontro dos braços da outra, era ele. Conversaram por alguns instantes, ele estava um tanto apressado, diferente dela. Ao se despedirem em um abraço seus olhos se encararam, seus corações aceleraram e. . . Seus lábios se tocaram em um tímido beijo. Ambos não acreditavam no que acontecera. Aconteceu no mesmo lugar onde se encontraram da “primeira vez”.
Quando chegou a sua casa ela deitou-se no quarto escuro olhando para o teto, pensando e rindo sem acreditar no que acabara de lhe acontecer.
Dessa vez jurara para si mesma que não iria sofrer se não passasse daquilo, não correria atrás dele, não tentaria chamar sua atenção, não seria mais uma garota boba e ingénua. Tentaria prestar atenção em todos os sinais que demonstrasse.
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